sábado, 21 de abril de 2012
"Não é a primeira vez que isso acontece." - Falou ela enquanto ele dava as costas em direção ao carro. "Você e eu, essa cena. A mesma despedida de toda vez." - Essa frase o fez parar e a encarar com olhos de dúvidas. "Do que você tá falando?" - Perguntou. "Estou falando que é o nosso carma, nosso destino. Sempre estar em conflito, sempre estar discutindo. Você já foi embora antes e voltou quando eu fui atrás. Você já falou que nunca mais voltaria e nunca o fez. Por que você nunca o fez? Se você for embora dessa vez, seja verdadeiro. Seja forte. Vá embora e nunca mais volte, mesmo quando eu for fraca e correr atrás de novo. Diga não, me xingue. Não vai doer mais do que está doendo agora." - Disse Audrey, exasperada. "Seu desejo é uma ordem, nunca mais quero te ver de novo. Não me procure novamente." Falou Tate, dando as costas e entrando, com passos raivosos, no carro. Bateu a porta e virou a esquina. Nunca mais ela o procuraria, teria força de vontade, seria capaz. Pra sempre sentiria aquele velho e conhecido vazio. Seria sempre assim. Os dois estavam muito enganados em relação ao destino. Desde sempre. Ela seguiria em frente, o coração congelara devido ao frio da noite e daquelas palavras e promessas. Tremendo, ela se recompôs, respirou fundo e deu as costas ao seu passado sombrio e conturbado. Seria uma nova mulher a partir de agora.
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