(MESMA, eu)
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Na vida, passamos por diversos tipos de perdas. Das mais banais até as mais dolorosas. Perdemos cabelo, dinheiro, ônibus, aqueles bilhetes dos dias especiais. E, por vezes, acabamos perdendo a nós mesmos. São os dias que nos sufocamos com as palavras, ficamos tontos, desnorteados com a luz. A gente se sente um pouco só. Se sente longe, se sente pesado. Fica com medo de tudo. Medo de dormir, medo de sonhar, medo de acordar, medo do amanhã. Medo daquele segundo, quando alguém abre a boca pra falar algo, ou quando não falam nada, só te olham nos olhos, falando tudo. Medo inclusive de respirar, por que a dor é tão grande, tão psicológica, que se torna física. Quando você inspira, tem medo de acabar despedaçando, de tão frágil que se sente. A gente ouve uma música, vê um filme, fecha os olhos um pouco, pra fazer isso passar. Mas no fim, a gente sabe que é normal. Isso sempre acontece. E lembra de sorrir. Por mais que a lágrima insista em cair. Por que sorrir é o melhor remédio em tempos difíceis. Sorrir, sorvete e amigos. Um abraço cura até demônios. Quando você se perde, você fica sem fome, sem sono. E acaba por vir a ficar sozinho no seu quarto, com medo do escuro, escrevendo besteira e até chorando um pouco, mesmo sabendo que hoje foi especial. Mesmo sabendo que amanhã vai ser um novo bom dia, um outro dia especial. Especial por que vais poder recomeçar tudo. Sorrir mais, olhar pro colorido do céu sem reclamar. Abraçar seus amigos e roubar um beijo de quem te faz bem. Sorrir e lembrar que sempre vai existir um dia novo pra se viver.
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