quinta-feira, 7 de maio de 2015

I'm so scared of dying

Nunca fomos os melhores. Éramos suficiente e isso bastava. Estávamos presos no mundo que construímos, estávamos intoxicados por memórias que criamos, estávamos apegados à um sentimento que estava fino como lagos de gelo no verão. A cada passo que dávamos, rachava um pouco mais. A dor de afogar-se nesse lago seria maior do que a de sair dele? Desistimos na hora correta? Ou fomos covardes? Só o tempo dirá.

Eu sentirei muito a falta de todas as pequenas coisas. Mas... São só coisas. O que importa é a lembrança. Mas a lembrança insiste em me chicotear com seus braços de fogo. Aonde eu vá existe um pedaço de você. E dói, como dói. Como dói engolir tudo o que estou sentindo e ter que seguir em frente. Como dói saber que você não vai mais me abraçar da mesma forma. Como dói saber que nunca mais seremos da mesma forma.

Existe um buraco enorme no meu peito, quando caminho sinto o vento me atravessar. Letal, frio.
Existem nós no meu estômago, existe uma grande pedra na minha garganta, existe um grande vazio no meu coração.  Existe água nos meus pulmões. Como dói tentar respirar. Existe uma grande estúpida interrogação no meu cérebro.

É hora de fazer as malas, é hora de focar no futuro, chegou a hora de ir embora. Pra sempre, sem olhar pra trás, sem derramar nenhuma lágrima. É hora de respirar fundo, com ou sem água nos pulmões. Chegou a hora. Porque o mundo não para, o tempo corre. É uma pena que não volte atrás. Se voltasse eu estaria fazendo as malas, mas seria pra te encontrar no início de tudo.

Eu só sei que dentro de mim, nem que seja um pedaço de nada, vai te amar pra sempre. E eu vou guardar esse pedaço com todo o carinho que cabe em mim. Num canto especial onde só eu possa encontrá-lo. Onde eu possa fechar meus olhos e controlar o tempo. Onde eu possa dormir de novo nos seus braços. Onde tudo possa ser bom de novo.

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