segunda-feira, 1 de abril de 2013

Soneto de explosões no céu.


As coisas mudam numa velocidade esquisita. 
Afasta quem tá perto quase que num sopapo
Deixa o coração como reboco de parede, faltando um pedaço
Como balão de são joão que pega fogo e vai embora.

E de repente, você não é mais quem costumava ser.
Talvez reboco de parede, talvez balão a desaparecer.
A alma chora, sentindo falta de si mesma
E o reflexo no espelho não se deixa reconhecer.

Na verdade, todos sabemos que nada dura e tudo se esvai
O que costuma restar são memórias torturantes
Impregnado na sua pele, seu passado errante.

Mas memória humana é fraca, como papel, um dia se esbagaça
E uma pessoa que um dia talvez fora importante
Hoje em dia passa e você não vê, só mais um andante.

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